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Artigo

Objetivo: reduzir erros associados ao uso dos equipamentos médicos

Salvar vidas através da redução de erros na utilização de dispositivos médicos. Será esta motivação que levou investigadores do Laboratório de Software Confiável (HASLab) do INESC TEC a participar num programa internacional que tem como objetivo reduzir o número de erros associados à utilização dos equipamentos como monitores de glicose ou máquinas de hemodiálise, melhorando a sua segurança e consequente performance.

01 fevereiro 2018

Novo programa internacional pretende evitar erros de profissionais

"O grande objetivo do programa de investigação 'Medical Device Interoperability' é transformar a forma como os dispositivos médicos são desenhados, testados, comprados e usados, reduzindo o número de erros médicos e, de certa forma, salvando vidas", explicaram José Creissac e Paolo Masci, colaboradores do HASLab e elementos integrantes da única equipa de Portugal a trabalhar neste programa.

Equipamentos também falham
Hoje em dia, tanto os profissionais de saúde como os próprios pacientes confiam no desempenho rápido dos equipamentos médicos ao seu dispor, tais como bombas de injeção, monitores cardíacos e dispositivos para a diabetes. "É, por isso, importante que esses dispositivos comuniquem e operem de forma confiável em conjunto", reforçaram os investigadores.

Segundo a equipa, os erros na capacidade de um sistema interagir e comunicar com outro (também designados erros de interoperabilidade), podem originar falhas de comunicação, impedindo um dispositivo de reagir adequadamente a um alarme originado por outro, por exemplo. Por outro lado, as diferenças nas unidades de medida de cada dispositivo podem criar discrepâncias no desempenho dos vários dispositivos.


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Colaboração internacional coordenada pela FDA
‘Medical Device Interoperability' trata-se de um programa de investigação coordenado pela Food and Drug Administration (FDA), a agência norte-americana responsável pelo controlo de produtos para consumo alimentar, drogas e dispositivos médicos, que pretende desta forma criar normas que sirvam de referência não só para os Estados Unidos, mas também para a Europa, incluindo Portugal. A colaboração inclui ainda hospitais, cuidadores, empresas e outras organizações relacionadas com o tema.

Um estudo da FDA realizado entre 2012 e 2015, também com a colaboração do INESC TEC, analisou 7.700 ordens de recolha de dispositivos e concluiu que 12% dessas ordens se deviam a problemas de software, muitos dos quais detetados através da interação entre os profissionais e o equipamento. Em 2% dos casos, esses dispositivos podiam ainda fazer com que os profissionais de saúde a tomassem decisões que colocavam em risco a vida dos pacientes.

A FDA é uma agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, responsável pela proteção e promoção da saúde pública através do controle e supervisão da segurança alimentar, tabaco, suplementos dietéticos, medicamentos, vacinas, dispositivos médicos, cosméticos e produtos veterinários.
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Melhorar a eficácia nos cuidados de saúde
Uma das preocupações principais do programa consiste em garantir que tanto o desenvolvimento como a produção desses equipamentos sejam acompanhados de informação sobre características, desempenho e funcionamento, para que os profissionais possam usá-los com segurança.

Juntamente com outros processos em curso, os dados desta colaboração com a FDA servirão de base para outras parcerias na Europa, que deverá reconhecer padrões consensuais que permitam modelos universais para o melhoramento dos cuidados de saúde.

Os investigadores mencionados na notícia têm vínculo ao INESC TEC e à UMinho.