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Artigo

Fórum INESC TEC do Outono debate a transformação digital das empresas

Mais de 200 participantes assistiram à 4ª edição do Fórum INESC TEC do Outono 2018, que teve lugar no dia 23 de outubro, na Biblioteca Almeida Garrett, no Porto.

13 novembro 2018

Espaço de discussão pública juntou empresas e investigadores

  

Subordinada ao tema "As Empresas que fazem o Digital. As Empresas que o Digital refaz", a quarta edição do Fórum do Outono reuniu, no mesmo espaço, empresas e investigadores, abrindo o debate, de uma forma genérica, sobre o tema da Transformação Digital.

Num espaço de discussão pública, as sessões realizadas ao longo do dia seguiram duas perspetivas específicas: a das empresas que criam o software e todo o novo ecossistema digital, e a das empresas que, através do digital, se transformam e reinventam, perante novos desafios e oportunidades.

O caminho entre as universidades e as empresas

José Manuel Mendonça, presidente do Conselho de Administração do INESC TEC, na primeira intervenção da sessão de abertura do Fórum, reforçou "a determinação do INESC TEC em apostar no alinhamento de competências de transferência de tecnologia para responder aos desafios das empresas".

Por sua vez, Pedro Rodrigues, vice-reitor da Universidade do Porto (U.Porto) para as áreas de Investigação, Inovação e Internacionalização, afirmou que "o INESC TEC é uma instituição de excelência na investigação e no conhecimento",  cuja "atividade atingiu um nível elevado de sofisticação científica", e defendeu o empenho da U.Porto na contribuição para a economia do conhecimento.

A sessão de abertura terminou com a intervenção de Manuel Heitor, Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. "Habituámo-nos a ver no INESC TEC uma referência para tudo o que é mudança no digital", afirmou o ministro, que manifestou ainda a sua convicção de que, podendo haver o desaparecimento de alguns empregos, através da transformação digital se criará mais e melhor emprego. 

Manuel Heitor no Fórum do Outono

É da interação que resultam inovações

Os trabalhos da parte da manhã continuaram com duas apresentações convidadas, a primeira das quais por António Murta, Managing Partner, Co-Fundador e CEO da Pathena, uma empresa de investimentos especializada, criada em 2007 e com sede em Portugal, que tem como objetivo promover o sucesso de empresas ligadas às Tecnologias da Informação. Numa apresentação sobre "Big Data: Potencial e Riscos", António Murta afirmou: "Não tenho receio da Inteligência Artificial. Tenho é muito medo da Estupidez Natural. Mais ainda, da Inteligência Artificial nas mãos da Estupidez Natural".

A segunda intervenção esteve a cargo de Yike Guo, Professor de Ciências da Computação no Departamento de Computação do Imperial College de Londres. O diretor e fundador do Data Science Institute do Imperial College, um instituto focado em aplicações multidisciplinares de Data Science, falou sobre "Big Data para uma Ciência Melhor". Numa apresentação do trabalho desenvolvido neste instituto, Yike Guo deixou, entre outras, a ideia de que "a investigação em Data Science une estatística, machine learning, e processamento de sinal, e é da interação entre estes componentes que resultam inovações".

O cruzamento entre as empresas e o digital

Durante a tarde, houve lugar a duas sessões de debate com vários convidados.

A primeira sessão foi subordinada ao tema "As empresas que fazem o digital", e contou com um keynote speech de João Barros, Presidente e CEO da Veniam. O debate incluiu ainda Hélder Dias (Farfetch), João Graça (Unbabel), Pedro Faria (Feedzai) e Rui Barreira (Critical Software), e foi moderado por Rui Oliveira, administrador do INESC TEC.

"As empresas que o digital refaz" foi o tema da segunda sessão, que teve Manuel Carvalho, Diretor do Público, como keynote speaker. O debate contou também com Gonçalo Caseiro (Imprensa Nacional Casa da Moeda), João Günther Amaral (Sonae MC), João Pedro Galveias (RTP) e Jorge Ferreira (IKEA Industry), e moderação a cargo de Aurora Teixeira, investigadora do Centro para a Inovação, Tecnologia e Empreendedorismo (CITE) do INESC TEC.

 

Ambos os debates deixaram para reflexão várias ideias e desafios.

Um futuro explosivo

"Os dados são o novo petróleo, a Inteligência Artificial é a nova eletricidade". Foi assim que Rita Marques, da Portugal Ventures, começou a síntese do que foi apresentado ao longo do dia. Responsável pelas conclusões principais do Fórum, e focando vários pontos considerados de destaque, Rita Marques afirmou que "o futuro é explosivo" e "não é apenas uma extensão do presente". Há que ser mais eficiente, garantir que continue a haver "quem cuide das pessoas", e responder a este novo paradigma criado no mundo dos negócios.

Para o ano há mais

O encerramento do Fórum foi da responsabilidade de Pedro Guedes de Oliveira, coordenador da Comissão Organizadora do evento, que fez um balanço das edições passadas, com uma certeza, a de que este dia "foi um sucesso". “Apesar de a iniciativa ser do INESC TEC, tudo o resto é dos intervenientes, pelo que é sobretudo deles o crédito desse sucesso", afirmou.

Também João Claro, Presidente da Comissão Executiva do INESC TEC, teve uma palavra final de agradecimento a todos os envolvidos: "é um orgulho que anualmente o INESC TEC se mobilize assim e possa contar com contributos tão generosos e tão relevantes de especialistas convidados".

E foi desta forma que ficou garantido o convite para o Fórum INESC TEC do Outono 2019.

 

Os investigadores do INESC TEC mencionados na notícia têm vínculo ao INESC TEC, à U.Porto-FEUP, à U.Porto-FEP e à UMinho.