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Estágios Ciência Viva no Laboratório: há 23 anos a "Criar Futuro"

12 julho 2019

"O meu sonho é ser engenheiro. Espero daqui a uns anos ter um produto inventado por mim que seja um grande sucesso. Que chegue a todo o mundo e ajude várias pessoas na área da saúde ou nos problemas simples do dia-a-dia". Tiago Teixeira tem 16 anos, é de Aveiro e vai frequentar, pela primeira vez, um estágio no âmbito da Ciência Viva no Laboratório. O entusiamo na voz não engana. As expectativas são altas e a vontade de aprender é enorme: "Espero que esta experiência me traga mais conhecimento e me ajude a perceber o que vai ser a minha vida futura na universidade e até mesmo no trabalho".

Tiago é um dos quatro jovens do Ensino Secundário que irão participar no estágio Como vai ser a Inteligência Artificial em 2030?, no INESC TEC. "São poucos mas representam uma grande mudança", assegura Rosalia Vargas, Presidente da Ciência Viva. "É isso que temos vindo a fazer, desde há 23 anos, com as instituições científicas de todo o país. Com o INESC TEC já o fazemos há mais de uma década e este ano com um desafio acrescido: ter estágios que promovam a literacia dos jovens na área da inteligência artificial, na ciência de dados e na aprendizagem automática em todas as áreas do conhecimento".

Desde 1997, o programa Ciência Viva no Laboratório - Ocupação Científica de Jovens nas Férias já envolveu mais de 16000 alunos que frequentaram estágios científicos em laboratórios de instituições de todo o país. Quando o Ministro da Ciência, Manuel Heitor, visitar na terça-feira os estágios do INESC TEC, já terão tido lugar em todo o país quase 200 estágios, abrangendo 611 alunos. Mas há muitos mais a acontecer até 6 de Setembro e em áreas tão diversas como robótica, amplificação de sequências de ADN, impressão 3D, construção de drones e energias renováveis.

Participar neste programa é uma experiência que marca o futuro dos "estagiários", quer este passe pela ciência quer não. Inês Luzio, 24 anos, atualmente professora no Conservatório de Música de Coimbra, toca eufónio e há sete anos participou no estágio À descoberta do meu lado empreendedor, promovido pelo INESC TEC. "Só agora me apercebi como este estágio foi importante para mim", diz, surpreendida. "A música é uma atividade altamente empreendedora. Aprendi conceitos naquele estágio que aplico hoje em dia, como a análise SWOT, os procedimentos financeiros e a elaboração de projetos. O que faço hoje em dia não está diretamente relacionado com o estágio mas foi extremamente útil".

A edição deste ano da Ciência Viva no Laboratório conta com mais de 300 estágios, em 68 instituições e vai chegar a cerca de 1050 estudantes do 9.º ao 12.º ano. Alguns já são autênticos veteranos. "Este vai ser o meu terceiro estágio", revela Renata Lei. Com 18 anos, não tem dúvidas: "Em vez de ir só para a praia e sair à noite com os amigos, faço uma semana de trabalho, não muito árduo. É uma experiência diferente e se não gostarem, é apenas uma semana. Não precisam de fazer vários como eu!". Ainda entre risos, a jovem deixa o conselho: "Inscrevam-se, vão ver que vale a pena. No secundário estamos sempre a pensar na faculdade e esta foi uma oportunidade de conhecer o meio e estar um pouco mais envolvida".

Mas em Aveiro, Renata não é caso único. José Sarilho tem 27 anos, é responsável pela gestão de energia da fábrica de pasta de papel Navigator e tem no currículo estudantil a participação em vários projetos da Ciência Viva, durante o Ensino Básico e Secundário, e a frequência de dois estágios científicos no laboratório. É um verdadeiro recordista! "Olhando para 2010, o que mais me marcou foi ter-me apercebido do papel que Portugal desempenhava na investigação internacional. Já naquela altura estávamos na corrente, a par e ao nível do que outros institutos europeus faziam". A todos os jovens indecisos, deixa uma frase: "Os estágios da Ciência Viva são importantes para abrir horizontes e conhecer mundo!".

Este ano, o INESC TEC respondeu ao desafio da Ciência Viva e estreia na próxima segunda feira, 15 de julho, no novíssimo Industry and Innovation Lab, o estágio Como vai ser a Inteligência Artificial em 2030? No final da semana, e depois de passarem por várias oficinas especializadas em inteligência artificial, reconhecimento de imagem e voz, e algumas visitas externas, os quatro jovens entre os 15 e os 18 anos irão apresentar um projecto de inteligência artificial com grande impacto em 2030.

Carmen Silva não podia estar mais contente: "Eu adoro um montão de coisas, desde Direito, investigação, tecnologia. Tudo me cativa! Foi complicado escolher apenas um estágio porque havia vários, muito interessantes. No entanto a inteligência artificial será uma área que vai evoluir muito no futuro e abrir novos horizontes". No extremo oposto está o "benjamim" do grupo, Rúben Leal. Com apenas 15 anos, é perentório: "Já estou decidido no que quero seguir, sendo engenharia biomédica a minha primeira opção". O estágio vai funcionar como uma iniciação ao futuro que o espera. "Vamos acabar o secundário dentro de pouco tempo. É muito importante ter, já nesta fase, um contacto com a comunidade científica".

Com cobertura nacional, o programa Ciência Viva no Laboratório - Ocupação Científica de Jovens nas Férias é uma oportunidade única para os estudantes terem um contacto direto com o trabalho de investigação em laboratórios e instituições científicas. Para além de aplicarem os seus conhecimentos, vão conhecer novas áreas e, quem sabe, descobrir o que querem fazer no futuro.

Foi o que aconteceu há quase 10 anos com Pedro Sá. "Fiz três estágios muito diferentes com a Ciência Viva. O objetivo era ter uma experiência mais imersiva em instituições académicas e ajudar-me a perceber o que queria fazer". Apesar do percurso académico marcado pelas áreas tecnológicas, Pedro frequentou o estágio À descoberta do meu lado empreendedor e aos 24 anos trabalha na startup James Finance. "Curioso, não é? Na altura em que estive no INESC TEC o empreendedorismo estava a explodir e eu achei que era uma boa oportunidade para entender o fenómeno. Quem diria!".

Para mais informações:

Joana Coelho

Serviço de Comunicação                                                                                                                                  

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