Projeto INESC TEC permite reduzir custos na produção audiovisual profissional
O projeto CHIC – Cooperative Holistic View on Internet and Content, o maior projeto nacional de I&D na área dos media, permite reduzir os custos de produção audiovisual profissional, como a que é feita nos estúdios de televisão.
11 março 2021
Este projeto desenvolveu uma solução capaz de automatizar as operações de um estúdio de produção audiovisual profissional, recorrendo apenas a computadores comuns, a ferramentas utilizadas em redes de comunicação de dados (baseadas em IP) e a Tecnologias da Informação (TI).
Em concreto, a solução inovadora desenvolvida permite montar uma unidade de produção de conteúdos audiovisuais operada de forma remota, necessitando apenas de ter computadores comuns ligados a uma rede IP nos quais se instala o software desenvolvido no projeto, em vez de ser necessário utilizar equipamento dedicado e dispendioso, tal como acontece atualmente nos estúdios de produção televisiva. Além disso, esta solução não exige recursos humanos especializados em IP ou TI, uma vez que todo o processo de configuração é automatizado através de uma interface Web intuitiva e amigável, de forma remota e através da Internet.
Estes resultados, juntamente com abordagens desenvolvidas para garantir qualidade de serviço em termos de largura de banda, latências e sincronismo entre media, apresentam-se como uma grande evolução na produção de conteúdos audiovisuais de alta qualidade. Permitem obter uma solução com custos reduzidos e introduzem o conceito da Internet of Things (IoT) e da computação na Cloud, em ambientes de produção audiovisual profissionais.
A equipa do INESC TEC e da FEUP foi constituída pelos investigadores do Centro de Telecomunicações e Multimédia (CTM) do INESC TEC, nomeadamente, Tiago Costa e Soheila Golestani, e coordenada por Teresa Andrade.
“Este projeto é um passo decisivo para a democratização da produção de conteúdos audiovisuais de alta qualidade. Os resultados do CHIC permitirão com que um maior número de pequenas emissoras e televisões locais também consigam apostar na produção de qualidade, mesmo com orçamentos baixos. Isto terá impacto no utilizador final, que passará a usufruir de mais e melhores conteúdos do que é possível ter neste momento”, refere Teresa Andrade.
Importa mencionar que o trabalho desenvolvido no âmbito da atividade C1 originou um artigo científico, que foi apresentado em dezembro de 2020 no TRON Symposium, tendo como autores a equipa do INESC TEC/FEUP e da MOG Technologies, entidade coordenadora do projeto.
Os investigadores do INESC TEC mencionados na notícia têm vínculo ao INESC TEC e UP-FEUP.