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Artigo

Programa Nacional de Estágios Ciência Viva lançado no INESC TEC

A Ciência Viva escolheu a proposta do INESC TEC “Como vai ser a Inteligência Artificial em 2030?” como “estágio-bandeira” para o lançamento do programa “Ciência Viva no Laboratório - Criar Futuro”. 

16 agosto 2019

O evento teve lugar no dia 16 de julho no Industry and Innovation lab (iilab) do INESC TEC e contou com a presença do Presidente do INESC TEC, José Manuel Mendonça, do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, que se fez acompanhar por Rosalia Vargas e Ana Noronha, Presidente e Diretora Executiva da Ciência Viva, respetivamente.

No ano em que está a ser lançada a “Estratégia Nacional de Inteligência Artificial AI2030”, de que a Ciência Viva é uma das entidades promotoras, foi lançada a iniciativa “Criar Futuro” para dar resposta ao desafio de promover uma maior literacia dos jovens nas aplicações científicas e sociais da inteligência artificial, ciência de dados e aprendizagem automática.

O estágio

No âmbito desta iniciativa, entre os dias 15 e 19 de julho, o INESC TEC ofereceu um estágio a quatro alunos do 10º e do 12º ano de escolaridade, com o objetivo de aproximar os jovens da comunidade científica. 

"Como vai ser a Inteligência Artificial em 2030?” foi o nome do estágio que visava desenvolver o conhecimento e as capacidades dos estagiários em inteligência artificial, nomeadamente no reconhecimento de imagem e voz e nos sistemas de recomendação. Ao longo de uma semana, os alunos tiveram a oportunidade de visitar uma empresa de base tecnológica, realizar atividades práticas no novo laboratório de indústria do INESC TEC e de assistir a sessões teórico-práticas na área da Inteligência Artificial. 

No primeiro dia de estágio, depois de uma breve apresentação sobre o INESC TEC, os alunos participaram na oficina “Quebra de Gelo Criativo”, onde puderam testar as suas capacidades de “pensar fora da caixa”, na resolução de três desafios, contando com a colaboração das investigadoras Sara Neves e Ana Alvarelhão do Centro para a Inovação, Tecnologia e Empreendedorismo do INESC TEC (CITE).

internship OCJF

Durante a tarde, o grupo deslocou-se até Braga, para conhecer a Keyruptive, a spin-off do INESC TEC que atua na área da segurança informática, tem como objetivo tornar o armazenamento das moedas digitais mais seguro. Além da tecnologia Keyruptive, o SafeCloud - projeto europeu que pretende tornar os dados invioláveis na cloud - foi apresentado pelos investigadores Francisco Maia e Diogo Couto do Laboratório de Software Confiável do INESC TEC (HASLab). 

No segundo dia, os alunos tiveram a oportunidade de conhecer o Industry and Innovation Lab (iilab), onde começaram por assistir à sessão “Os computadores conseguem aprender”, apresentada por Nuno Moniz, investigador do Laboratório de Inteligência Artificial e Apoio à Decisão (LIAAD) do INESC TEC. O objetivo desta apresentação era dar a conhecer as diferentes abordagens de aprendizagem automática e as suas aplicações. Além disso, durante a manhã, decorreu o evento de lançamento do Programa Ciência Viva no Laboratório 2019. Este evento contou com a presença do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, da Presidente e Diretora Executiva da Ciência Viva, Rosalia Vargas e Ana Noronha, do Presidente do INESC TEC, José Manuel Mendonça e do Coordenador do Centro de Robótica Industrial e Sistemas Inteligentes (CRIIS)António Paulo Moreira, com o objetivo de acompanharem os estudantes em atividades práticas de robótica no iiLab.

Durante esta visita, os alunos revelaram o que aprenderam e as experiências que tiveram no INESC TEC durante os dois primeiros dias de estágio. Além disso, os alunos tiveram a oportunidade de programar robôs miniatura que circulam num ambiente fabril simulado, com a ajuda de Armando Sousa e José Lima, investigadores do CRIIS.

Ainda neste dia, os alunos visitaram mais dois laboratórios: Laboratório de Comunicações Óticas e Eletrónica e Laboratório de Computação Sonora e Musical, onde foram realizadas sessões teórico-práticas. Enquanto no primeiro laboratório, Matthew Davies, investigador do Centro de Telecomunicações e Multimédia do INESC TEC (CTM) abordou a relação da engenharia e música, no segundo, Luís Pessoa, também investigador do CTM, explicou conceitos relacionados com as micro-ondas, transferência de energia sem fios e espetros eletromagnéticos. 

O terceiro dia foi passado exclusivamente com os investigadores João Vinagre do LIAAD que apresentou o módulo intitulado “A magia e a ciência dos sistemas de recomendação”, falando sobre os tipos de sistemas de recomendação que existem e como funcionam, explorando os seus riscos e benefícios. 

O segundo módulo deste dia, “Visão Computacional: como é que os computadores aprendem a ver”, foi explicado pelos investigadores do CTM Hélder Oliveira, Ana Filipa Sequeira e Eduardo Meca. Os investigadores focaram-se sobretudo nas diferenças entre o sistema visual de um humano e de um computador. 

Na manhã do quarto dia decorreu a sessão do último módulo “Tecnologias de voz: o que a voz nos diz para além das palavras”, explicado por Ricardo Sousa do LIAAD que abordou os princípios físicos, fisiológicos e percetivos da voz bem como o processo de recolha dos dados para o reconhecimento da fala. 

Durante a tarde, os alunos participaram numa sessão de brainstorming para conseguirem refletir sobre tudo o que aprenderam ao longo da semana, e assim, delinearem uma tecnologia inovadora na área da inteligência artificial para 2030. 

No último dia do estágio, os alunos foram convidados a apresentarem e defenderem uma tecnologia inovadora e viável para o futuro da inteligência artificial perante um painel de elementos do INESC TEC. O júri composto por Maria José Pedroto, investigadora do LIAAD, Pedro Martins Ferreira, investigador do CTM e Daniel Vasconcelos, colaborador do Serviço de Apoio ao Licenciamento (SAL) avaliaram as duas tecnologias propostas pelos alunos: um robô que melhoraria o tempo de resposta em caso de acidente e um software para auxiliar o trabalho dos operadores aéreos.  

Esta iniciativa da Ciência Viva que vai já na 23ª edição, já deu a oportunidade a mais de 16000 alunos de conhecerem o trabalho de investigação em laboratórios e instituições científicas de todo o país.

 

Os investigadores mencionados na notícia têm vínculo ao INESC TEC, UP-FEUP e IPB.


Créditos da quarta foto: Ciência Viva